quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Trabalho sobre o "Sexto Filho" Lingua Portuguesa



Disciplina: Lingua Portuguesa

Professora: Elsa Giraldo

Data de Apresentação
4 de Novembro de 2008

«O Sexto Filho»
Numa família pobre, do campo, nasce o sexto filho. O pai, como forma de tentar ter mais alguns dividendos, deixa que ele fique coxo para o resto da sua vida - ele destaca-se, sim, mas esse seu destaque será também fatal para o pai.





Entrevista

Elaborado por: Ana Raquel, Ana Ritam, Filipa, Gonçalo, Rui P.
Personagens
Ana Raquel (Mãe) = Maria Delfina Caroço
Ana Rita (Psicóloga) = Cláudia Lopes da Silva
Filipa (Repórter) = Maria Esponjeira
Gonçalo (Sexto filho) = “perneta”
Joana (irmã que estava grávida) = Laura Caroço
Rui P. (Apresentador) = Inácio Passarinho
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Rui – Boa noite! Eu sou o Inácio Passarinho e este é o TELEMORTAL.
Hoje, a morte do dia que deixou a população de Valhelhas chocada, foi a do Sr.Rolhas. O principal suspeito é o seu próprio filho perneta. Vou passar a emissão a Maria Esponjeira que está neste momento na tasca do Sr. Arnaldo Tosco em Valhelhas.
(Falando com a Maria Esponjeira), Boa noite Maria Esponjeira o que tem o perneta a dizer em sua defesa?
(som esquisito)

Filipa – Inácio Passarinho não sei o que disseste mas calculo que tenhas perguntado se neste momento estou a usar umas cuecas cor-de-rosa… A resposta é não, estou a usar umas ceroulas da minha tia-avó, Miquelina de Jesus. Mas não foi isso que me trouxe aqui, foi a morte de Rolhas, brutalmente assassinado. Tenho aqui a mulher de Rolhas, Maria Delfina Caroço, o suspeito e a filha grávida Laura Caroço.
(Falando para o perneta) O que lhe passou pela cabeça para matar o seu pai?

Gonçalo – Por ele não me ter levado ao Sr. Doutor, por causa dele fiquei perneta. E eu não o matei só lhe dei uma cacetada e ele puf.

Filipa – Compreendo… o que sentiu quando se apercebeu que tinha morto o seu pai?
Gonçalo – Senti que tinha de fugir para não ser apanhado, mas fui na mesma para a choça mas…

Filipa – E a senhora Maria Delfina Caroço como está a reagir a esta situação?

Raquel – (Chorando e assoando-se ao lenço) Ai! Jesus Credo estou tão triste… como será a minha vida sem o subsídio dele? E o meu filhinho vai pa choça…

Filipa – E sem dinheiro como vai sustentar as suas filhas grávidas?

Raquel – Hããa primeiro tou eu… elas que se amanhem e façam lá o aborto que agora é fácil rápido e à borliuuuuu!!!

Joana – Eu não faço aborto na tenho a culpa que o velho tenha batido a bota por causa do meu irmão.

Gonçalo – Não fui euuuu… tu na queres é que se saiba que sou eu o pai dessa desse cachopos que tens na barriga…

Joana – Corta…corta… ESC ESC

Filipa – Bem… as coisas aqui estão muito agitadas vou passar a emissão ao Inácio Passarinho que está com a psicóloga Cláudia Lopes da Silva…

Rui – Sim Maria Espongeira, estou aqui com a nossa psicóloga de serviço. Cláudia o que é que tem a dizer sobre esta situação?

Rita – O que eu tenho a dizer sobre este caso é que, pelo que sei, desde cedo o rapaz sofreu maus-tratos, a mulher foi vítima de violência por parte do marido. É uma família desiquilibrada, com grandes dificuldades económicas e sem acesso à educação. O Rapaz é muito agressivo e apresenta uma perturbação a nível do relacionamento com as pessoas. Quando ele era pequenino se o pai o tivesse tratado bem ele era uma pessoa melhor.

Rui – Ok! Muito obrigado pelo o seu esclarecimento… para acabar esta emissão vou falar sobre a meteorologia em Portugal e em Valhelhas, o céu vai estar muito parecido do que vai estar depois de amanha… a temperatura vai tar alta com seca de 10 graus negativos e vento vais soprar para sudoeste....e ao mesmo tempo para sudeste…
Esta foi mais uma edição do TELEMORTAL e até para a semana se Deus Quiser…



Noticia

Elaborado por: Maria João, Rute, Diana, Vicente e Olga


(clique nas imagens para ampliar)


























Julgamento

Elaborado por: Adriana Reis, Nadine, Patricia, Valter, Helder, Marco, Luis, Cátia, Rafael

Adriana Reis - Psicóloga
Cátia Pereira - Mãe do sexto filho
Hélder Cardoso - Escrivão
Luís Marques - Testemunha de defesa
Marco - Testemunha de acusação
Nadine Costa - Advogada de acusação
Patrícia - Advogada de Defesa
Rafael Gomes - Sexto filho
Valter Calafate - Juiz

No tribunal...

Juiz - Está aberta a audiência. Estamos hoje aqui presentes para julgar o senhor Mário Albertino Um Pé Grosso e Outro Fino. Senhora advogada de acusação pode falar.

Advogada de acusação – Vou chamar o senhor António Pereira como testemunha de acusação.

Juiz – Então, pode começar a interrogar a testemunha.

Advogada de acusação - Admite ter sido agredido pelo Sr. Réu?

Testemunha de acusação – Sim.

Advogada de acusação – Como é que tudo isto se passou?

Testemunha de acusação – Estava-mos num café e ele disse que era a sua vez de ser servido, mas era mentira porque era a minha vez. (…)

Advogada de acusação – Fez queixa à polícia?

Testemunha de acusação – Não, não tive coragem. Quando eu estava no hospital ele ameaçou-me, disse que se eu dissesse alguma coisa à polícia que ele me matava.

Advogada de acusação – Tem medo do que lhe pode acontecer se este senhor não for preso ou tiver uma pena mínima?

Testemunha de acusação – Sim, porque se ele não for preso, ele vai querer matar-me e assim vou ter que gastar dinheiro num cão de caça.

Advogada de acusação – Sente-se ameaçado com isso?

Testemunha de acusação – Sim.

Juiz – Tem mais alguma coisa a dizer?

Advogada de acusação – Não, não tenho mais nada a acrescentar Sr.Dr.Juiz.

Juiz – Advogada de defesa, tem alguma questão a colocar a esta testemunha?

Advogada de defesa – Não.

Juiz – Pode então, sair esta testemunha, e chamar a próxima.

Advogada de defesa – Então para começar vou chamar a testemunha (endireita).
O Réu quando era criança foi levado pelos seus pais ao seu consultório por ter o pé partido?

Testemunha de defesa – Sim.

Advogado de defesa – É verdade que você não corou o arguido a pedido do seu próprio pai?

Testemunha de defesa – Sim.

Advogado de defesa – É também verdade que o pai do Réu ao fazer-lhe esse pedido sabia que ele iria ficar assim para o resto da vida?

Testemunha de defesa – Sim. .

Advogado de defesa – O pai do Réu pediu-lhe para não curar o seu filho, conseguindo assim ganhar mais dinheiro, mas sacrificando a felicidade do seu próprio filho?

Testemunha de defesa – Sim.

Advogado de defesa – Como é que o Réu ficou a saber que foi o seu pai que lhe pediu, a si, para não o curar?

Testemunha de defesa – Porque eu lhe contei.

Advogado de defesa – Acha que o Sr. Rolhas fez bem em ter feito isto ao seu próprio filho?

Testemunha de defesa – Não.

Advogada de defesa – Não tenho mais questões a colocar a esta testemunha.

Juiz – Advogada de acusação, tem algo a perguntar a esta testemunha?

Advogada de acusação – Sim, tenho.

Juiz – Então, pode começar.

Advogada de acusação – Como era o seu relacionamento com o Sr. Rolhas?

Testemunha de defesa – É um relacionamento como eu tenho com qualquer outro paciente.

Advogada de acusação – E com o arguido?

Testemunha de defesa – É um pouco esquisito responder, porque o que lhe fiz, fi-lo quando ele era pequeno.

Advogada de acusação – Quando lhe contou aquela história de infância, o Sr. Réu em algum momento disse que se queria vingar do pai?

Testemunha de defesa – Sim.

Advogada de acusação – É tudo, obrigada.

Juiz – Uma vez que já acabou de interrogar a testemunha, pode chamar a próxima.

Advogada de acusação – Como próxima testemunha, chamo a mãe do Réu.

Advogada de acusação – O seu filho era violento em pequeno?

Mãe do sexto filho – Não.

Advogada de acusação – Onde é que estava na hora do crime?

Mãe do sexto filho – Estava em casa com os meus outros filhos.

Advogada de acusação – Sabe onde esteve o seu filho na hora do crime?

Mãe do sexto filho – Não, não sei.

Advogada de acusação – Houve algum momento em que o seu filho maltratou o seu marido?

Mãe do sexto filho – Não sei, mas o meu marido maltratava-o muitas vezes.

Advogada de acusação – Não tenho mais nada a acrescentar.

Juiz – Sra. Advogada de defesa, pode falar.

Advogada de defesa – Antes de mais, é verdade que a gravidez do seu sexto filho não foi muito desejada nem por si nem pelo seu marido?

Mãe do sexto filho – Não.

Advogada de defesa – É verdade que o seu marido levava o seu filho para as romarias exibindo a sua deficiência para tentar ganhar mais dinheiro com isso?

Mãe do sexto filho – Sim muitas vezes.

Advogada de defesa – É verdade que o seu filho sofria de maus tratos em casa?

Mãe do sexto filho – Sim.

Advogada de defesa – Você acha que o seu marido pensou na felicidade do seu filho quando pediu ao endireita para não o curar?

Mãe do sexto filho – Não.

Advogada de defesa – Não tenho mais nada a acrescentar.

Juiz – Passo então a palavra à advogada de acusação.

Advogada de acusação – Chamo então o Sr. Réu. para continuar a audiência.

Advogada de acusação – Onde e que estava quando o seu pai morreu?

Réu – Eu estava com o meu pai.

Advogada de acusação – O relacionamento com o seu pai era difícil?

Réu – Sim, porque ele maltratava-me, ignorava-me e ainda me humilhava.

Advogada de acusação – Queria ver o seu pai sofrer como você sofreu é isso?

Réu – Não, porque apesar de tudo, ele era meu pai.

Advogada de acusação – Era capaz de matar o seu próprio pai por vingança?

Réu – Não, nunca.

Advogada de acusação – É tudo Sr. Réu. Obrigado.

Advogada de defesa – É verdade que você foi infeliz toda a vida?

Réu – Sim.

Advogada de defesa - Você alguma vez pensou em matar o seu pai?

Réu – Não.

Advogada de defesa – Antes de saber a verdade, apesar dos maus tratos, você sempre gostou do seu pai?

Réu – Claro.

Advogada de defesa – Quando soube que o responsável de você estar assim era o seu pai, você agiu num acto de impulsividade, sem intenção de o matar?

Réu – Sim, não tinha quaisquer intenções em mata-lo. (Foi sem querer).

Advogada de defesa – As minhas questões estão concluídas. Obrigado.

Juiz – Não havendo mais testemunhas e questões a colocar, passo a palavra à psicóloga, podendo assim, apresentar aos presentes a conclusão que tirou deste julgamento.

Psicóloga – Réu sempre foi uma criança rejeitada e maltratada pela sua família. Apresenta uma baixa auto-estima, não foi estimulado na aprendizagem, não foi à escola, por isso, não sabe ler e escrever. Foi várias vezes agredido, pois não tinha meios nem capacidade de defesa. Foi obrigado a mendigar, para a sua sobrevivência. Apresenta um quadro de perturbação elevada, com problemas de relacionamento interpessoal. É uma pessoa muito agressiva e isolada, que os próprios pais marginalizaram.

Juiz – Depois de todas as conclusões tiradas, declaro que diminuo a pena ao arguido Mário Albertino Um Pé Grosso e Outro Fino de 8 anos a 2 anos de cadeia. Visto que está dada a pena e não mais nada a acrescentar dou por esta audiência terminada.
Monólogo

Elaborado por: Mario, Adriana Pereira, Tiago, Vanessa, Marisa